Conhecendo a parte elétrica...
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Conhecendo a parte elétrica...
O sistema elétrico de uma moto é composto pelos seguintes itens (em três partes):
1ª PARTE – MANUTENÇÃO DA CARGA DA BATERIA
1 – Gerador de tensão
2 - Retificador/regulador
3 - Fiação ou “chicote”
4 - Bateria
2ª PARTE – IGNIÇÃO (FAISCA)
1 - Gerador de pulsos
2 - C.D.I.
3 - Bobina
4 - Cabo de Vela
5 - Vela
3ª PARTE – ACESSÓRIOS (originais).
1ª PARTE – MANUTENÇÃO DA CARGA DA BATERIA
1 – GERADOR DE TENSÃO – Trata-se de um componente que acoplado mecanicamente ao eixo do virabrequim, com o giro do motor, tem como função, produzir energia elétrica, para manter o carregamento de carga da bateria. Normalmente gera corrente alternada, trifásica e de tensão aproximada entre 80 e 120 volts, dependendo de cada moto;
2 – RETIFICADOR/REGULADOR – Trata-se de um componente, normalmente em peça única, cuja função é transformar a corrente alternada (C.A.) produzida pelo gerador, em corrente contínua (C.C.) que em seguida, transfere ao circuito regulador para fornecer uma tensão (voltagem), limitada em até 14 volts aproximadamente, ligado diretamente à bateria, com a principal e única responsabilidade de mante-la (a bateria), em constante carga, durante o funcionamento do motor;
3 – FIAÇÃO OU “CHICOTE” – É um conjunto de vários fios, cuja finalidade é a de distribuir energia elétrica, a partir da Bateria, entre todos os componentes do veículo (motor de partida, faróis, lanternas, etc., passando ainda, por botões de acionamento, sensores e para os comandos devidos;
4 – BATERIA –Resumidamente, trata-se de uma fonte de energia , sendo a principal e única responsável pela alimentação de todo o sistema elétrico do veículo, tendo entretanto suas características de dimensionamento físico e elétrico, projetados exclusivamente para cada veículo. Daí a importância de se entender o porque dos cuidados a serem tomados quanto da instalação de equipamentos adicionais (faróis auxiliares, lâmpadas de maior potência), causando dessa forma, uma sobre carga à “coitadinha”.
Enfatizamos que independentemente da correta instalação de equipamentos elétricos adicionais, toda potência necessária, tanto para alimentar o sistema elétrico do veículo, como para alimentar equipamentos adicionais instalados, terá como ÚNICA FONTE de energia, a “BATERIA”.
Convém jamais esquecer que a “BATERIA” existente no veículo, foi dimensionada, com pouca tolerância de reserva de potência, para alimentar o sistema elétrico original do veículo, contemplando sòmente os equipamentos originais de fábrica. O maior problema para se superdimensionar uma bateria, está em sua dimensão física, ou seja, quanto maior a capacidade, maior será seu tamanho e conseqüentemente necessitaria de maior espaço para acondiciona-la.
2ª PARTE – IGNIÇÃO (FAISCA)
1 – GERADOR DE PULSOS:- da mesma forma e, no mesmo eixo do gerador de tensão (muitas vezes formando um conjunto único), gera pulsos através de contatos (abre-fecha), informando ao C.D.I (capacitor discharge ignition) as informações necessárias do “ponto” exato de ocorrer a faísca na câmara de combustão, através da vela, e sincronizado com o giro do motor.
2 – C.D.I. (CAPACITOR DISCHARGE IGNITION) – ou ignição de descarga capacitiva – módulo eletrônico que, com as informações (pulsos) do gerador, este módulo (eletrônico), se encarrega de fazer a distribuição sincronizada do chaveamento, no primário da bobina alimentada em 12 volts (da bateria). Só para lembrar, o C.D.I: veio a substituir o antigo “platinado”, com mais confiabilidade e sem desgastes mecânicos.
3 – BOBINA – tecnicamente, trata-se nada mais nada menos do que um transformador de tensão (voltagem), cujo primeiro enrolamento (primário), é composto por um número de espiras (em fio), provocando uma indução eletromagnética no segundo enrolamento (secundário) composto também, por um número de espiras significativamente maior, formando assim, uma relação de transformação entre o primário e o secundário, aproximada de 1/2000. Portanto, basicamente, para um chaveamento de 12 volts (no primário), teremos 24.000 volts no secundário, ponto este ligado diretamente à vela que provocará a faísca para a “explosão” propriamente dita, empurrando o pistão que fará girar o virabrequim (bem daqui para frente, já se trata da parte mecânica).
4 – CABO DE VELA – Trata-se de um condutor de energia elétrica (fio), de fabricação especial quanto à isolação do mesmo. A isolação (capa) desse fio, deve ser tal que, ao passar os 24.000 volts por ele, não permita que “feche um arco de tensão” (faísca), entre tal condutor e qualquer parte metálica do veículo (toda parte metálica da moto, corresponde ao negativo da fonte (bateria) . Daí a razão de ser um condutor com fio fino em seu núcleo, porém de calibre grosso em sua isolação (capa).
5– VELA – Componente único, responsável em “fabricar” a faísca (dentro da câmara de combustão), a partir da alta tensão enviada pela bobina, através do cabo de vela.
3ª PARTE – ACESSÓRIOS (originais)
Apenas como complemento, segue ainda algumas informações sobre os acessórios originais de fábrica:
Na verdade, as duas primeiras partes desse tema, já concluídas, contemplam o sistema elétrico básico e essencial de um veículo/moto. Evidentemente, os acessórios originalmente previstos em fábrica (farol, lanternas, buzina, setas, etc), também fazem parte do sistema como um todo, porém considerados como itens principalmente de segurança (previstos na legislação), não sendo portanto essencialmente necessários ao funcionamento do motor.
Mas convém não esquecer, que esses acessórios (previstos na fabricação do veículo), também são alimentados exclusivamente pela bateria, item este já explorado na 2ª parte, anteriormente descrita.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Essa matéria tem como único objetivo, esclarecer e até orientar os leitores, de uma forma geral sobre o assunto em questão, utilizando portanto um vocabulário simples, para uma melhor compreensão, especialmente aos totalmente leigos.
Autor: Texto pelo motociclista Roberto Ruggero (conhecido como Gepeto, tem mais de 60 anos), já foi proprietário de uma mecânica de motocicletas na cidade de São Paulo.
Fonte: RockRiders
1ª PARTE – MANUTENÇÃO DA CARGA DA BATERIA
1 – Gerador de tensão
2 - Retificador/regulador
3 - Fiação ou “chicote”
4 - Bateria
2ª PARTE – IGNIÇÃO (FAISCA)
1 - Gerador de pulsos
2 - C.D.I.
3 - Bobina
4 - Cabo de Vela
5 - Vela
3ª PARTE – ACESSÓRIOS (originais).
1ª PARTE – MANUTENÇÃO DA CARGA DA BATERIA
1 – GERADOR DE TENSÃO – Trata-se de um componente que acoplado mecanicamente ao eixo do virabrequim, com o giro do motor, tem como função, produzir energia elétrica, para manter o carregamento de carga da bateria. Normalmente gera corrente alternada, trifásica e de tensão aproximada entre 80 e 120 volts, dependendo de cada moto;
2 – RETIFICADOR/REGULADOR – Trata-se de um componente, normalmente em peça única, cuja função é transformar a corrente alternada (C.A.) produzida pelo gerador, em corrente contínua (C.C.) que em seguida, transfere ao circuito regulador para fornecer uma tensão (voltagem), limitada em até 14 volts aproximadamente, ligado diretamente à bateria, com a principal e única responsabilidade de mante-la (a bateria), em constante carga, durante o funcionamento do motor;
3 – FIAÇÃO OU “CHICOTE” – É um conjunto de vários fios, cuja finalidade é a de distribuir energia elétrica, a partir da Bateria, entre todos os componentes do veículo (motor de partida, faróis, lanternas, etc., passando ainda, por botões de acionamento, sensores e para os comandos devidos;
4 – BATERIA –Resumidamente, trata-se de uma fonte de energia , sendo a principal e única responsável pela alimentação de todo o sistema elétrico do veículo, tendo entretanto suas características de dimensionamento físico e elétrico, projetados exclusivamente para cada veículo. Daí a importância de se entender o porque dos cuidados a serem tomados quanto da instalação de equipamentos adicionais (faróis auxiliares, lâmpadas de maior potência), causando dessa forma, uma sobre carga à “coitadinha”.
Enfatizamos que independentemente da correta instalação de equipamentos elétricos adicionais, toda potência necessária, tanto para alimentar o sistema elétrico do veículo, como para alimentar equipamentos adicionais instalados, terá como ÚNICA FONTE de energia, a “BATERIA”.
Convém jamais esquecer que a “BATERIA” existente no veículo, foi dimensionada, com pouca tolerância de reserva de potência, para alimentar o sistema elétrico original do veículo, contemplando sòmente os equipamentos originais de fábrica. O maior problema para se superdimensionar uma bateria, está em sua dimensão física, ou seja, quanto maior a capacidade, maior será seu tamanho e conseqüentemente necessitaria de maior espaço para acondiciona-la.
2ª PARTE – IGNIÇÃO (FAISCA)
1 – GERADOR DE PULSOS:- da mesma forma e, no mesmo eixo do gerador de tensão (muitas vezes formando um conjunto único), gera pulsos através de contatos (abre-fecha), informando ao C.D.I (capacitor discharge ignition) as informações necessárias do “ponto” exato de ocorrer a faísca na câmara de combustão, através da vela, e sincronizado com o giro do motor.
2 – C.D.I. (CAPACITOR DISCHARGE IGNITION) – ou ignição de descarga capacitiva – módulo eletrônico que, com as informações (pulsos) do gerador, este módulo (eletrônico), se encarrega de fazer a distribuição sincronizada do chaveamento, no primário da bobina alimentada em 12 volts (da bateria). Só para lembrar, o C.D.I: veio a substituir o antigo “platinado”, com mais confiabilidade e sem desgastes mecânicos.
3 – BOBINA – tecnicamente, trata-se nada mais nada menos do que um transformador de tensão (voltagem), cujo primeiro enrolamento (primário), é composto por um número de espiras (em fio), provocando uma indução eletromagnética no segundo enrolamento (secundário) composto também, por um número de espiras significativamente maior, formando assim, uma relação de transformação entre o primário e o secundário, aproximada de 1/2000. Portanto, basicamente, para um chaveamento de 12 volts (no primário), teremos 24.000 volts no secundário, ponto este ligado diretamente à vela que provocará a faísca para a “explosão” propriamente dita, empurrando o pistão que fará girar o virabrequim (bem daqui para frente, já se trata da parte mecânica).
4 – CABO DE VELA – Trata-se de um condutor de energia elétrica (fio), de fabricação especial quanto à isolação do mesmo. A isolação (capa) desse fio, deve ser tal que, ao passar os 24.000 volts por ele, não permita que “feche um arco de tensão” (faísca), entre tal condutor e qualquer parte metálica do veículo (toda parte metálica da moto, corresponde ao negativo da fonte (bateria) . Daí a razão de ser um condutor com fio fino em seu núcleo, porém de calibre grosso em sua isolação (capa).
5– VELA – Componente único, responsável em “fabricar” a faísca (dentro da câmara de combustão), a partir da alta tensão enviada pela bobina, através do cabo de vela.
3ª PARTE – ACESSÓRIOS (originais)
Apenas como complemento, segue ainda algumas informações sobre os acessórios originais de fábrica:
Na verdade, as duas primeiras partes desse tema, já concluídas, contemplam o sistema elétrico básico e essencial de um veículo/moto. Evidentemente, os acessórios originalmente previstos em fábrica (farol, lanternas, buzina, setas, etc), também fazem parte do sistema como um todo, porém considerados como itens principalmente de segurança (previstos na legislação), não sendo portanto essencialmente necessários ao funcionamento do motor.
Mas convém não esquecer, que esses acessórios (previstos na fabricação do veículo), também são alimentados exclusivamente pela bateria, item este já explorado na 2ª parte, anteriormente descrita.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Essa matéria tem como único objetivo, esclarecer e até orientar os leitores, de uma forma geral sobre o assunto em questão, utilizando portanto um vocabulário simples, para uma melhor compreensão, especialmente aos totalmente leigos.
Autor: Texto pelo motociclista Roberto Ruggero (conhecido como Gepeto, tem mais de 60 anos), já foi proprietário de uma mecânica de motocicletas na cidade de São Paulo.
Fonte: RockRiders
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