Coragem e responsabilidade

Relembrando a primeira mensagem :

Acabei de ler este texto e que achei muito interessante, onde gostaria de compartilhar com todos aqui.

"Coragem e responsabilidade

Lugar de correr é na pista, dizem alguns com razão: é lá que os donos de esportivas deveriam pilotar com a devida segurança.

por Geraldo Tite Simões

Lembro-me de uma história contada muitos anos atrás. Na zona leste de São Paulo uma turma admirava certo taxista, que era o que se chamava na época de “ás” do volante. Todo mundo achava o taxista um campeão nato porque ganhava todos os rachas do bairro. Um dia a turma se cotizou e conseguiu preparar um Simca Chambord (eu disse que era história antiga!) para correr em Interlagos.

O taxista enfiou o macacão, capacete e saiu do boxe. Antes de completar a primeira volta, capotou de maneira espetacular e encerrou a mais breve carreira de piloto de que se tem notícia.

Verdadeira ou não, a história serve para ilustrar o que acontece quando se confunde o que acontece nas ruas com corridas de verdade e vice-versa. O que pode parecer uma enorme habilidade, quando alguém faz curvas no limite na estrada, se resume a uma impressionante falta de responsabilidade e sensatez.

A cada fim de semana, centenas de “pilotos” saem pelas estradas com motos de 100, 150 ou 180 cv, devidamente equipados de macacão, botas, luvas e capacetes caros, só pelo prazer de romper a barreira dos 200 km/h ou enfrentar curvas à maior velocidade possível. Já tentei entender o que leva estas pessoas — aparentemente esclarecidas —a correr desse jeito nas estradas, mas não consigo achar uma justificativa.

Se for a velha vaidade masculina de querer ser melhor do que o outro, não se justifica, porque correr na estrada não é nenhuma prova de habilidade, mas sim de incrível irresponsabilidade e falta de respeito. Lugar de provar habilidade é na pista, com concorrentes do mesmo nível, asfalto de qualidade, sem colocar ninguém inocente em risco e com uma ambulância UTI logo ali para o caso de estabacadas.

Normalmente essa turma dos rachadores de estrada sonha em correr em Interlagos. Para isso eles participam dos chamados track-days, dias de andar em pista com motos (ou carros) de rua, e percebem que pilotar é muito mais do que ganhar dos amigos nos rachas. Felizmente hoje temos a chance de usar uma pista durante track-days em vários circuitos do Brasil. Realizados com segurança e respeitados os limites de cada um, esses dias de pista funcionam como uma eficiente válvula para o anseio de correr, sem se expor a riscos imponderáveis como buracos, óleo, carros lentos, animais, etc.

Minha recomendação é que se use o bom senso inclusive na pista, em especial com relação aos limites dividuais. Quando se pilota uma moto, os limites devem ser alcançados de baixo para cima e não o contrário.

Adrenalina vicia

Já escrevi a respeito da grande dificuldade que algumas pessoas têm de viver sem descarga de adrenalina na corrente sanguínea. Conheço pilotos da minha geração que não conseguem parar de correr pela síndrome de abstinência de adrenalina. Resolvi esse dilema trocando as pistas pelas montanhas e virei escalador, o que garante uma descarga de adrenalina em doses diluvianas no meu sangue.

Para esses que só se sentem vivos quando correm de moto, aconselho mesmo a fazer uma mudança radical em nome da sobrevivência: deixar sua esportiva exclusivamente para uso em pistas! Não existe nada de errado nisso, pelo contrário. Motos esportivas são tão desconfortáveis no uso diário quanto banheiro de avião. Na estrada também exigem esforço físico e só são suportáveis porque a viagem acaba logo — resultado da velha equação espaço dividido pelo tempo.

Portanto, acho que as esportivas deveriam ser usadas como barcos, cavalos de raça ou carros esportivos: de vez em quando, em ocasiões muito especiais. Sim, é um ativo caro para ficar imobilizado seis dias por semana. Mas casa na praia é muito mais cara e fica meses abandonada; ainda assim, todo mundo quer.

Nos Estados Unidos há muito tempo as motos esportivas são usadas apenas para lazer, como nos eventos de track-days ou nas competições batizadas de “pay & race” (pague e corra), na qual o piloto só precisa levar o capacete e alugar todo o resto para fazer uma corrida nos vários autódromos particulares. No Brasil já se vê essa atitude, que deveria ser ampliada em nome da segurança de todos.

Use o bom senso inclusive na pista, em especial com relação aos limites individuais. Quando se pilota uma moto, os limites devem ser alcançados de baixo para cima e não o contrário."

Fonte: http://www2.uol.com.br/bestcars/colunas3/g343-coragem-responsabilidade.htm

kkkkkkkkkkkkkk bom saber.... kkkkk

Sandrones, muito bom cara, acho q devemos cada vez mais incentivar a galera q gosta de acelerar a andar em autódromos, pois como o video que vc postou mostra, não tem cabine telefonica, banco de praça, árvores, ônibus parado e nem guard rails para partir o piloto.
Bela iniciativa!

ah, e agora que FZ ta pronta pq não encontra a gente no Art amanha de manhã?
abraço!

Belo post!